domingo, 11 de maio de 2014

Imersão em São Paulo.


Esta semana fiz uma imersão na maior cidade da América Latina, meu objetivo também é ter a percepção de oportunidades e desafios diante do cenário político econômico de São Paulo. O meu trânsito foi entre empresários a moradores de rua. Vivi e percebi a aflição e insegurança deste povo. Também suas expectativas que postarei na sequência...
Ao participar de uma feira de Comunicação Visual no Anhambi em SP esta semana me hospedei perto do Terminal Tietê, uma, por ser mais barato e outra que fica em um ponto que me possibilitava mobilidade. Tomava café em uma das lancherias de um japonês ou chinês não cheguei a perguntar, mas uma dessas origens tenho certeza! Um suco de laranja feito na hora e uma esfiha por R$ 7,00 achei um preço justo. Bem melhor que o cafezinho e pão de queijo no aeroporto quase o dobro! Tô tomando meu café da manhã olhando meus e-mails quando chega um rapaz aparentando ser nordestino colocou sua mochila do lado onde estava sentado, e foi logo falando esta terra não é a terra da garoa é a terra de " mindinngo " ( foi assim que ele falou ) o rapaz era jovem aparentava uns 20 anos e continuou falando... tem mindinngo em tudo que é lugar, se eu fosse um prefeito ou um presidente eu não permitiria, ia arrumar um lugar para eles, este monte de gente assim oque pode dar? Roubo, assassinato e estrupo! Até então eu nem abrira a minha boca, mas fiquei impressionado pelo desabafo e percepção do rapaz. Então perguntei.Tu trabalhas aqui? Tô de carteira assinada fui contratado por uma empresa e prestará serviços no estádio. Estou em uma pensão pago R$ 250,00 e até chegar o dia do trabalho, estou vendendo isso aqui.. ( eram mini cartões de memória para celulares ), fiquei amigo de um chinês na 25 de março e ele me fez um preço bom daí ganho uma grana. Perguntei.Onde fica? Ele me disse; cara não vou te levar lá, passei viadutos, passarelas e essa avenida perigosa. Ta mas o nome do chinês? O endereço? A galeria é a Pagé, já o chinês nunca vai te dizer o nome verdadeiro, ele sempre vai dizer que se chama, Lee, Tebolee ou Jackie Chan. Achei aquilo engraçado.
Quando perguntei se ele era cearense ele me respondeu não sou pernambucano! Eu sou gaúcho! Não gostei de sua terra não, me rachou todos os lábios e tremia de montão, paguei 200,00 para sair de lá! Depois dele ir embora acompanhei a notícia na tv do bar...vejam o link abaixo que interessante.
http://globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-sao-paulo/t/edicoes/v/moradores-de-rua-buscam-refugio-em-carros-abandonados-em-frente-a-delegacia/3331915/